Já estivéramos em Sevilha,
em 1996. Mas, como minha mãe não a conhecia e dista somente 2 horas do Algarve,
onde estávamos hospedados, resolvemos alugar um carro e passar um final de
semana na linda cidade.
Capital da Andaluzia, cortada
pelo grande rio Guadalquivir possui vários monumentos históricos classificados
como patrimônio mundial pela UNESCO. O campanário da Catedral é conhecido como Giralda, e é uma mistura de minarete árabe com sinos cristãos acrescentados mais tarde. No alto da Giralda está uma estátua em bronze, conhecida como Giraldillo, famosa no Renascimento Europeu. O Alcazar também se destaca com seus lindos jardins e museu.
A influência mourisca está
muito presente na arquitetura, destacando-se a torre da Giralda (catedral) e o
palácio real (Alcazar). A Torre do Ouro, as margens do rio era de onde, na
antiga muralha, avistavam-se os vários invasores que estiveram na cidade. As
filas para visitação eram imensas.
Fila para o Alcazar - Queues for Alcazar |
Giralda |
O maior jardim de Sevilha é
o Maria Luiza, onde está localizada a imponente Praça de Espanha. A cidade é
bem colorida e o povo sevilhano é alegre, fala alto e gosta de vida ao ar
livre. Estávamos no verão, o que nos deu dias longos e de muito calor. A origem
do uso de leques pode ser sentida claramente. O bairro onde nos hospedamos não
era muito turístico e aproveitamos o início da noite para uns “tapas”
(aperitivos) ao ar livre nas ruas vizinhas. Como era época de caracóis, 9 em
cada 10 mesas estavam cheias deles. Os bichinhos são famosos por aqui e considerados
uma iguaria deliciosa. Confesso que não tive vontade de testar.
Jardins do Alcazar - Alcazar Gardens |
Na manhã seguinte, saímos
para tomar café numa padaria na mesma rua onde estivéramos à noite. (Os hotéis
de Sevilha, em sua maioria não oferecem café da manhã). Fim de semana de sol e lá
estavam os caracóis novamente. Desta vez, vivos, para serem vendidos em
barraquinhas de rua. Um cheiro muito forte, que não me agradou muito. O
silêncio da rua foi quebrado ao nos aproximarmos da padaria, de onde vinha uma
alarido de vozes, pratos, copos. Parece que também os locais não tomam café da
manhã em casa. O ritmo era frenético, o pão gostoso, café fortíssimo e suco de
laranja natural. Entre cabelos penteados e repletos de laquê das senhoras e
fumaça de cigarro dos senhores, senti-me meio num filme de Almodóvar.
Sensacional!!
Restaurante Al Aljibe - Al Aljibe Restaurant |
Gazpacho andaluz |
Na noite de sábado, resolvemos
jantar no restaurante “Al Aljibe”. Mapa na mão, cruzamos a cidade e chegamos
perto, através de ruas muito estreitas, que só davam passagem para um carro por
vez. Paramos para perguntar informações a uma família que passava a pé pelo
local. Estávamos quase na praça onde deveríamos chegar, no entanto a senhora
nos avisou que daríamos muitas voltas e que era melhor que eles entrassem no
carro para nos levar até lá, pois moravam ali pertinho. Ótimo, só que a criança
se recusou a entrar. Vivemos então a situação cômica, a mulher dentro do carro,
nos guiando para direita e esquerda em ruas mínimas. A menina e o pai andando atrás de nós. Cada
vez que meu marido passava por espaço entre paredes e carros estacionados que
não caberia mais do que um dedo, ela o cumprimentava e dizia que ele estava
indo muito bem. Resultado: chegamos à casa deles, e ao desembarcar ela nos
explicou o pedacinho que faltava. Mas o senhor não ficou satisfeito. Disse que
nosso mapa era muito ruim e entrou na casa para apanhar um melhor que,
gentilmente, deixaria conosco. Realmente, o povo sevilhano é muito simpático e
acolhedor!
Catedral - Cathedral |
O restaurante deu trabalho,
mas não decepcionou. O terraço era muito agradável para uma noite quente de
verão e a comida muito bem feita e saborosa. A apresentação também era
caprichada. Experimentamos o “gazpacho andaluz” feito com beterraba. Uma
delícia. O risoto de abóbora também agradou, assim com o peixe e o sorvete de
sobremesa.
A cidade é uma joia e vale
ser visitada. Pena que não tivemos tempo desta vez para visitar Granada, como
fizéramos na primeira vez, pois é outra cidade da Andaluzia que vale conhecer.
Hotéis e restaurantes
utilizados: Hotel Monteolivos, Restaurante El Aljibe (http://www.alaljibe.com/)
Custo total aproximado por
dia (3 pessoas): EU 240,00.
Período da Viagem: Maio
2010
Construções imponentes - Outstanding buildings |
We had been to Seville before, in 1996. This time we hired
a car in the Algarve (Portugal) and invited my mother to spend a week-end in
this lovely town she did not know.
It is the capital of the region called Andalusia and is
situated on the plain of the Guadalquivir River. Some historical monuments have
been classified as World Heritage Sites by UNESCO, namely the Cathedral and the
Alcazar. The Cathedral bell tower was originally a minaret, and
it’s known as Giralda. At the top of it there is a bronze sculpture named Giraldillo.
The Alcazar has outstanding gardens and a museum.
Leques no museu do Alcazar - Fans at Alcazar's museum |
The Golden Tower (Torre del Oro) was built, on the 12th
century, as a watchtower and barrier on the river against invasions.
The biggest Garden in town is Maria Luiza’s, where the
amazing Spain Square is set. The town is lively, colorful and the people are
friendly and enjoy outdoor activities. It was summer and the days were long and
hot. It is easy to realize why ladies have the habit of carrying a fan.
Our hotel was placed in a small street and we took the
chance for evening “tapas” around it. It was snail’s season and 9 out of 10
tables have ordered them. They are famous and considered a delicious delicacy,
which I did not have the courage to taste.
On the next morning, we went out for breakfast (many hotels
in Seville do not include breakfast). Sunny week-end morning and snails again.
This time being sold, alive, on small stalls on the street. A strong smell. The
silence of the street was broken as we approached the bakery. The rhythm inside
was a frenetic one. Tasty bread, very strong coffee and fresh orange juice. The
place was packed with locals. We had our breakfast amongst old ladies with very
high sprayed hairdo and smoking old guys. I felt a bit as if in an Almodóvar
setting. Sensational!!!
Construção no Centro - Downtown building |
Saturday night we decided to give “Al Aljibe”
restaurant a go. We crossed the town with a map on our hands and got closer to
it, driving through very narrow streets. We stopped a family to check if it was
the right way, and the lady advised that there was a shortcut she was going to
teach us. She suggested coming into our car to drive us, but the little girl
refused. It was an unexpected situation, as she was inside the car driving us, while
her husband and daughter followed walking by. Each time we passed close to a
wall, or to a car, she would encourage my husband saying that he was doing
quite good! When we finally got to their home, the man decided to give us a
better map, as he thought ours was not very clear. Sevillians are very
welcoming indeed! The restaurant was an experience in all senses! The open terrace
is nice for a warm night, and the food was very good and well presented. We tried
the “gazpacho andaluz” made of beetroots, which was delicious. The pumpkin risotto,
as well as the fish was also good. The desert was ice-cream, of
course.
Seville is really a jewel worth to be visited. It was
a pit that this time we did not have the time to go to Granada, as we did in
1996, because it is another town in Andalusia that should not be missed.
Some hotels and restaurants: Monteolivos Hotel, El Aljibe Restaurant(http://www.alaljibe.com/).
Approximate total cost per day: (3 persons): EU 240,00.
Period of Trip: May
2010
Detalhes mouriscos - Moorish details |
Leques no museu do Alcazar - Fans at Alcazar's museum |