Paramos de adiar nossa visita ao
México e, por fim, fomos conhecer este país cheio de história e aproveitar para
rever amigas queridas. Decidimos por 4 regiões diferentes: Cidade do México, Morelos
(Cuernavaca), Quintana Roo (região de Cancún) e Oaxaca. Cobrimos a maior
distância com um vôo interno da companhia Interjet, que recomendo como
excelente custo-benefício. Já para Oaxaca nos deslocamos com ônibus, que também
não deixam nada a desejar, limpos e bem equipados. Um único senão é que não
conseguimos comprar as passagens de ônibus antecipadamente pela Internet, pois
só são aceitos pagamentos em cartões de crédito mexicanos. Assim, seguimos até
um terminal rodoviário (Tapo) e, lá, compramos os bilhetes.
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Parque Chapultepec e cidade ao fundo |
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Akumal |
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Centro de Cuernavaca |
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Casario antigo - Oaxaca |
A Cidade do México é enorme, e o
aeroporto não fica muito longe dos bairros mais turísticos. Havia lido muita
coisa sobre como sair de lá, e tentamos optar pelo ônibus (Metrobus), mas
infelizmente as máquinas que expedem bilhetes não funcionavam para a primeira
compra, somente para recarga. Então, mesmo sabendo que o metrô costuma ser
cheio, nos arriscamos. O custo do metrô é de 5 Pesos, muito barato! Em
compensação, não há uma escada rolante neste trajeto, e mesmo com malas pequenas, foi um
pouco cansativo. Numa segunda ocasião, utilizamos a conexão Metrobus + metrô
sem problemas, pois o cartão já estava carregado. A maior curiosidade sobre o
metrô é que entram milhares de vendedores nos trens, com todo o tipo de
produto, e quase sempre tudo custa 10 Pesos! O mais incrível é que entram
pessoas com mochilas com caixa de som, tocando altíssimo, para oferecer cds.
Como disse o pai de uma amiga, são como pragas. Infestam todos os vagões a todo
instante. No final, estávamos rindo a valer e já acostumados.
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Bosque de Chapultepec |
Nos hospedamos na Zona Azul, em
Condessa e em Coyoacan. Posso recomendar todos como agradáveis, cada qual tem
suas peculiaridades. Em todos eles estivemos cercados de restaurantes e de fácil
transporte.
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Mesa de Trabalho de Trotsky |
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Exterior casa de Trotsky |
A Casa de Trotsky e o Museu Frida Kahlo ficam no bairro de Coyoacan,
que é histórico e cheio de casas baixas e árvores.
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Jardim do museu Frida Kahlo |
O trânsito é caótico e
convém utilizar o metrô para deslocamentos mais ligeiros. Se você, como eu, gosta do desafio das línguas, vai se divertir tentando ler os nomes dos deuses maias, ou várias outras palavras dos antigos tais como: Huitzlopochtli , Popocatépetl, Tepotzotlán, huitlacoche. Outra curiosidade sobre o México é a quantidade de caveiras espalhadas por todas as partes. Os mexicanos convivem com a morte de uma maneira alegre, e se baseiam no ditado que diz: “La muerte está tan segura de alcanzarte, que te da toda una vida de ventaja” . Desta forma, festejam com alegria o dia dos mortos, e caveiras são artigos turísticos.
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Caveiras |
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Doces - Doceria Celaya |
São muitas atrações turísticas na
cidade: Museu de Antropologia, que é imperdível; o Museu do Templo Mayor com
suas ruínas; o Frida Kahlo, com os detalhes da vida desta incrível artista, o
Palácio de Belas Artes, com sua arquitetura magistral em mármore italiano, o
centro antigo com o encanto de construções cheias de história – como o Correio
central, inspirado em construção de Veneza, ou a Casa dos Azulejos; o Bosque de
Chapultepec a oxigenar a cidade e cheio de esquilos nas árvores, além do castelo de mesmo nome.
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Palácio de Belas Artes |
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Casa dos Azulejos |
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Doceria Celaya
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A "Dulceria de Celaya", com doces típicos e arquitetura requintada, contrastando com a modernidade da Avenida Insurgientes e seus arranha-céus modernos. O Zócalo (Centro Histórico) com a imponente Catedral Metropolitana e o Palácio Nacional, e a Praça de la Constituición onde tremula uma enorme bandeira mexicana.
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Catedral
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Correios |
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Museu do Templo Maior |
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Centro Histórico
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Maias, toltecas e astecas deixaram suas marcas nesta
cultura, e para deleite dos turistas, pode-se conhecer um pouco mais sobre eles
nas inúmeras zonas arqueológicas pelo país. É amplamente recomendável ir ao Museu
de Antropologia antes da visita a Teotihuacan para conhecer os detalhes
previamente. Completamos o passeio com uma visita a Xochimilco, onde navegamos
tranquilamente pelos canais.
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Museu de Antropologia |
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Maquete de Teotihuacan no Museu de Antropologia |
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Calendário solar - Museu de Antropologia |
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Xochimilco e suas barcas coloridas |
No Palácio de Cortes, em
Cuernavaca admiramos murais de Diogo Rivera e no Museu Robert Brady, nos
encantamos com a imensa coleção de peças. Este americano comprou a propriedade,
que fazia parte de mosteiro Franciscano do século XVI, e a decorou com milhares
de peças de arte, inclusive pinturas de artistas mexicanos famosos como Frida
Kahlo, Rufino Tamayo e outros.
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Painel de Diego Rivera |
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Museu Robert Brady |
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Interior museu Robert Brady |
Pode-se dizer que Oaxaca é a
região com mais traços indígenas no México. Eles estão nas feições e no idioma do
povo, nas tapeçarias coloridas ou no artesanato típico. Perto da cidade,
encontram-se as ruinas arqueológicas de Monte Albán, que estão muito conservadas.
Um passeio muito interessante, além de vistas muito bonitas, devido a localização
no alto de um morro. O queijo oaxaquenco, o pozole mixteco, o mole negro (feito
de chocolate), os chapulines (grilos fritos) e o mezcal - bebida parecida com a
tequila - são típicos da região.
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Oaxaca |
Não tivemos problema com pimenta em nenhum local. Bastava tomar informações com os garçons sobre o prato e evitava-se problema, ou provava-se algo bem apimentado.Os mexicanos gostam de fazer refeições na rua. Existem muitas barracas vendendo todo tipo de comida.
Também não experimentamos qualquer problema com segurança. A polícia anda fortemente armada nas ruas, e até dentro do Metrobus existe um guarda.
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Tapeçaria em Oaxaca
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Mescal |
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Hierbe el Agua |
Numa excursão até Hierbe el Agua, apenas 70 km de Oaxaca, apreciamos a cascata petrificada de carbonato de cálcio. No local também há uma grande piscina de água termal onde é possível tomar banho.
Na região litorânea, em Quintana Roo, nos hospedamos em duas cidades: Tulum e Playa del Carmen. Em Cancún, só estivemos de passagem, uma vez que não gostamos de hospedagens estilo resorts imensos. Tulum é uma cidade bem mais modesta, com lindas praias e serve de base para conhecer alguns cenotes e também é caminho para as ruínas de Chichen-Itzá. Já Playa é mais turística, com uma rua central (a 5ª avenida) onde estão a maioria dos restaurantes, bares, casas noturnas, shoppings e lojas. De lá saem os ferries com destino à ilha de Cozumel, que acabamos por não visitar já que um ciclone se formava. Felizmente, foi rebaixado a tempestade tropical somente, mas mesmo assim impediu nossa visita, pois ficou chovendo forte no dia em que iríamos até a illha.
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Praia em Tulum |
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Casa noturna em Playa del Carmen |
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Rua em Playa del Carmen |
As ruínas de Tulum são destaque
junto ao mar azul, e é possível conhecê-las em uma manhã. O calor é forte, por
isso é bom começar cedo. Muitas iguanas pelo caminho. Baseados em Tulum,
visitamos e nadamos no cenote Dos Ojos,
que é bem grande e tem estrutura de apoio razoável.
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Iguanas por toda parte |
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Iguanas |
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Mergulhe no Cenote Dos Ojos |
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Ruínas de Tulum |
Como estávamos com um carro
alugado, nosso deslocamento era bem fácil. Conhecemos as ruínas de Cobá, que diferem de
outras zonas arqueológicas por ficarem numa região com mata. Nesta visita, alugamos
bicicletas e também uma “charrete” puxada por bicicleta.
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Do alto da pirâmide em Cobá |
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Cobá
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Na região, também
visitamos uma reserva indígena, cheia de macacos-aranha. Para o passeio nas ruínas de Chichen Itzá não
existe a opção de transporte, todo o trajeto tem de ser feito a pé. Dentro do
complexo existem milhares de vendedores de artesanato. Se desejar comprar
lembranças, é um bom local para isso. Ambos sítios arqueológicos valem a visita
pois estão cheios de ruínas de templos com estilos arquitetônicos
característicos, com hieróglifos e muitos monumentos a vários deuses. Em
Chichen, as construções também se relacionam com o calendário Maia, seja no
número de degraus de escadas equivalente a 365 dias do ano, seja pela passagem
do sol pelas estruturas durante o equinócio.
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Chichen Itzá |
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Chichen Itzá |
Entre Tulum e Playa del Carmen,
visitamos as praias de Akumal e Maroma. Akumal é uma praia aberta ao público,
onde é possível alugar equipamentos de mergulho para nadar junto às tartarugas.
Muito bom, elas são enormes e ficam nadando soltas pela praia. Já o acesso para
Maroma se dá por um complexo particular, como muitos na região. Lá encontram-se
hotel, restaurante, aluguel de camelos, e lago com golfinhos. É sempre bom
pesquisar os acessos para as praias da região, pois muitos deles são particulares.
Há uma vasta área de vegetação entre a estrada principal e o mar. Mas somente
algumas estruturas permitem acesso para passeio diário, sem hospedagem. Paga-se
uma taxa para entrada e é permitido ficar o dia inteiro.
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Akumal |
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Praia de Maroma |
A cidade de Cancún não é bonita e
tem transporte público pouco eficiente. Às 21:30 não é mais possível achar
ônibus circulando. A zona hoteleira, ao contrário, parece receber muito mais
atenção da prefeitura, com avenidas novas, muitos restaurantes e diversos shoppings.
Os hotéis são construções gigantescas, cercados por enormes muros e o mar fica
do outro lado, ou seja, quase nunca é possível avistá-lo. Turistas fazem fila
para foto junto à placa que dá nome à cidade, numa das poucas partes onde a
praia fica visível. Muitos contrastes.
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Fila para foto |
A cereja do bolo foi poder
encontrar amigas mexicanas que não víamos há algum tempo, e junto delas desfrutar
as riquezas deste paí, suas belezas naturais, cultura e história. Os
mexicanos são simpáticos e acolhedores – isso nós já sabíamos – apenas confirmamos!!
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Amigas mexicanas |
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Vulcão Popocatépetl |
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Comidas de rua |
Período da viagem: Junho 2015
Custo aproximado por dia : US$ 120,00
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