(English version at bottom)
Começamos a longa
jornada no meio de Abril-2007, com o vôo longo e desconfortável da Aerolíneas
Argentinas. São +/- 3 horas até Buenos.Aires. Depois uma parada com troca de
avião e mais 14 horas até Auckland. O avião era um ‘sucatão’, mas lá chegamos e
não tivemos problemas na imigração, a não ser pelo oficial Kiwi (é assim que os
Neozelandeses se auto-intitulam) que queria me confundir e datou meu passaporte
de 18/4. Só que nós estávamos chegando no 17/4. Não preciso nem dizer que ele
ficou absolutamente vermelho, quando eu apontei seu erro. Na verdade, eu estava
tonta e já nem sabia que dia era, afinal eu tinha saído de casa no dia 15!
Ainda assim, consegui perceber a mancada. Resultado, meu passaporte que era
novinho, já começou com um cancelamento!!
Visitamos Auckland,
que é uma cidade cosmopolita para os padrões dos país. Tem mais ou menos 1,3
milhões de habitantes. É lotada de asiáticos, principalmente estudantes. Em
todo local a gente ouve aquele burburinho típico deles. Circula um ônibus
grátis pelo centro da cidade. Uma beleza para turistas e também para os
estudantes, pois passa por grande parte do campus universitário. A vista da
Torre de Auckland é bonita e tem toda hora alguém fazendo bungy-jump. Ha um
painel luminoso que anuncia o próximo “mergulho”. Nos hospedamos no Hotel
Formula 1 – Auckland. Nada especial, mas tinha um preço razoável e uma
localização bem central. Notar que os Formula 1 de lá não são como os da
França, ou seja, possuem banheiro no quarto.
Logo ao chegar notei
algo distinto, que nunca tinha visto. Nos banheiros públicos de aeroportos,
estações de trens ou locais turísticos existe uma caixa de lixo com sensor,
basta passar a mão por cima, sem encostar, e a tampa sobe. No entanto, logo há
um aviso esclarecendo que na NZ não se joga papel no lixo, só no vaso.
Portanto, aquele cesto refere-se somente a outro tipo de lixo (?!). Este tópico parece estranho, mas se relaciona
com a maneira de viver do povo. Mais para frente citarei outros exemplos, menos
exóticos, do mesmo tipo de preocupação com o meio ambiente, água etc.
Em Auckland, vêem-se
muitos idosos trabalhando, especialmente em serviços. Logo na chegada ao
aeroporto havia uma senhora no balcão de informações que, seguramente, estava
pra cima de 60 anos. Também havia outras duas servindo um cafezinho cortesia na
chegada. Incrível, algo grátis!
A Nova Zelândia é
muito preparada para o turismo. Em qualquer canto há milhares de folhetos,
livrinhos, mapas, brochuras dando conta de hotéis, passeios, esportes radicais,
e tudo mais que possa ser de interesse do turismo. As pessoas também são bem
amáveis e gostam de dar informações. O Banco da Nova Zelândia não cobra taxa
para troca de moeda. Claro que, hoje em dia, trocar dinheiro em países
‘desenvolvidos’ é uma opção antiga. Em qualquer esquina, até em cidades bem
pequenas, existem bancos 24 horas onde é possível fazer saques no banco dos país
de origem.
De Auckland voamos
para Christchurch, na Ilha Sul, onde tínhamos alugado um carro com a Hertz. A
maioria dos carros é japonesa e os kiwis dirigem do lado direito, assim como os
ingleses. De lá, começamos a descida pelo Arthur Pass e região dos Alpes Neo-Zelandeses.
Visitamos dois glaciares (geleiras): Fox e Franz Josef. A região é bem bonita e
diferente. Possui uma mata parecida com a nossa Atlântica com muita proximidade
das geleiras, o que chama a atenção. As geleiras já recuaram bastante através
dos anos e toda esta mata ao redor é muito nova, somente +/- 100 anos. Os
vinhos frutados desta parte do país são uma ótima pedida.
Continuamos a viagem
para Queenstown, terra dos esportes radicais. A cidade é bem bonita, fica
posicionada entre lagos e montanhas. No inverno é parte do circuito de esqui.
Está lotada de brasileiros. São 20.000 habitantes, dos quais 10% são
brasileiros, ou seja, +/- 2.000. É fácil ouvir português nas ruas, hotéis,
correio, restaurantes. Os brasileiros não precisam de visto para entrar na N.Z.
e muitos jovens estão tentando a vida por lá. Todos com quem conversamos
reclamaram da falta de tranquilidade e oportunidade no Brasil. Lá o salário mínimo
é de nove dólares neo-zelandeses por hora (1US$ = 0,75 NZ$) para uma jornada
de 7 horas em média.
Muitos hotéis na NZ
possuem habitação para famílias. São como apartamentos com cozinha, banheiro,
sala e um ou dois quartos. As cozinhas são equipadas, inclusive com panelas,
louças, talheres, torradeira, micro-ondas e o tradicional fervedor de água para
o chá e café ‘cortesia’.Outra modalidade interessante são os Holiday Parks. São
campings com vários tipos de escolha de habitação, desde barraca até cabines ou
chalés luxuosos com hidromassagens. Existem sempre, no entanto, as partes
comuns como cozinha, lavanderia, internet, sala de tv e banheiros coletivos,
para quem quer economizar e para os que estão acampando. Chama a atenção a
quantidade de trailers, camper vans e moto-homes viajando. Realmente parece
ser a forma predileta. Nos Holiday Parks a pessoa escolhe um local e conecta-se
à corrente de força para ter água quente, luz etc. nestes veículos. São
milhares deles estacionados. Na verdade, algumas pessoas até moram ali.
Também os motéis são
equipados como apartamentos. Geralmente são posicionados mais longe do centro,
mas os hóspedes possuem o mesmo tipo de independência. Este tipo de habitação
nos fez conhecer muitos supermercados durante a viagem. Estávamos sempre
comprando frutas, ítens para café da manha etc. Há uma campanha para que não
sejam utilizadas bolsas plásticas. São vendidas bolsas de tecido com o logotipo
do mercado e a pessoa sempre retorna com a bolsinha, que ostenta uma frase
salientando o procedimento ambientalmente correto.
As estradas são quase
todas estreitas. Muitas pontes dão passagem somente a um carro por vez. Há que
se ficar ligado na preferência. Estavam sendo efetuados muitos reparos nos pais
inteiro. Notamos uma diferença dos consertos. Lá é avisado quando começa e
quando termina a obra. Aqui, somente quando começa. Em muitos locais nas
estradas há sinalizadores do risco de incêndio naquele momento. Também há
indicação para local de colocação de água servida de gado e de outros
animais.(nunca vi no Brasil). Tivemos
uma experiência genuinamente kiwi, segundo eles, com um rebanho de ovelhas.
Fomos obrigados a parar na estrada para ficar assistindo seis cachorros
atravessarem o rebanho de um lado para o outro da pista. Eram muitas ovelhas e
foi interessante, pois mesmo tendo visto tanta ovelha quando vivemos na
Inglaterra, jamais tínhamos presenciado isto.
A continuação do
passeio era na região dos fiordes e do segundo maior lago da NZ, o lago Te
Anau. Na beira dele, dispositivos contendo sacos plásticos para que os
passeadores de cachorro não deixem sujeira pelo chão.
Infelizmente o tempo
não ajudou nesta parte do programa e estava muito nublado e chuvoso quando
fomos a Milford Sound para passeio de barco nos fiordes.
Depois seguimos para conhecer
o Mount Cook, que é o mais alto dos país. Ali por perto come-se salmão da
região de Fairlie. Falando em pescaria, é necessário ter licença para pescar e
a quantidade é limitada por pessoa, dependendo da espécie do peixe. Há uma
placa indicativa. Acho que para mariscos era algo como somente 30 por dia !!
Eles são muito respeitosos quanto às leis. Chamou nossa atenção a compra de
frutas nas estradas. Existe uma barraquinha, ou prateleira, ou saquinho, seja o
que for que fica exposto. Há uma caixa fechada onde se joga o dinheiro da
compra e não HÁ NINGUÉM para receber a quantia. Confia-se que será depositado
ali, e se for a cheque ainda pedem que seja acrescentado algum valor a mais,
que deve ser de alguma taxa. Inacreditável para os padrões brasileiros. Eu já
achava incríveis os jornais que são vendidos num sistema similar na Alemanha,
mas comida eu nunca tinha visto.
A idade para comprar
bebida alcoólica é de 21 anos. Nas ruas há muitas placas indicando a zona onde é
proibido beber na rua. Também achamos curiosa a placa que indica que cachorros
não podem passear nas praias durante o verão, nem em feriados ou fins de
semana, e nem no dia do aniversario da rainha !!!
A ilha sul é bem
menos habitada que a norte, e tem muitas extensões de terra sem nada. Dos
quatro milhões de habitantes dos país, apenas 1,5 estão por lá. A gente viaja
um tempão sem ver plantação, animais. Gente nem pensar !!
O final desta parte
da viagem foi em Christchurch que é uma cidade bonita e das maiores da região.
Voamos novamente para Auckland e alugamos outro carro para percorrer a ilha
Norte. Esta ilha é bem mais povoada e rica.
Chegamos a Rotorua. Muito
marcante. Ao nos aproximarmos já víamos as placas indicando hotéis anunciando
que não tinham cheiro de enxofre. Que dúvida, por mais anúncio que se faça não
ha como não cheirar a enxofre. A cidade é repleta de locais que exalam fumaça
do chão. No centro há um parque que foi criado depois da erupção de um vulcão
em 2001. Não houve feridos, mas a lava subiu alta e deixou várias crateras para
serem visitadas. São aguas termais e lamas termais para todos os lados. O mais
incrível é que a lama fica borbulhando no chão. As plantas em volta ficam todas
chamuscadas do calor. Parece que a gente está andando sobre o inferno. Toda a
cidade explora este lado turístico das aguas e lamas para tratamentos em spas e
banhos com águas termais etc.
Na sequência,
visitamos Wai-O-Taipu que também é um parque cheio de crateras, só que muito
maior do que o parque do centro. Lá também há um ‘geiser’, que jorra água
quente naturalmente, num ciclo entre 24 e 48 horas. Mas, para os turistas eles
fazem uma apresentação às 10 horas da manha. Quando vimos isto pensamos que era
um gêiser falso. No entanto, ha uma pessoa que explica que foi descoberto que,
caso seja jogado um pouco de sabão dentro do geiser, este produz uma quebra que
gera uma reação e a água é expelida fora de seu ciclo normal. O mais incrível é
que havia um presídio nas redondezas e os presos, ao lavarem suas roupas,
descobriram este mecanismo por acaso.
Geiser expelindo água - Geyser |
Há que se notar que
quase todos os nomes de cidades, locais, ruas etc. estão na língua Maori, que
são como os ‘índios’ de lá. Há inclusive um canal de televisão Maori. Eles
parecem bem integrados à cultura e à vida cotidiana. São grandes e corpulentos
e têm olhos bem puxados. O idioma também é ensinado nas escolas para quem
desejar. Além disto, em todos os locais turísticos as explicações são em inglês
e maori. Bem diferente da Austrália, onde os aborígenes são um capitulo à
parte, de que falarei no outro tópico.
Seguimos para a
região do Lago Taupo, o maior da NZ.
Para quem olha parece o mar, não tem fim. É tão grande que se pode
vê-lo no mapa da NZ. Ele também é um vulcão. Esta região está repleta deles. Em
frente ao lago podem-se ver três vulcões alinhados. Num deles há uma estação de
esqui.
Monte Manganui - Mount Manganui |
Começamos a retornar
pelo litoral, onde ficamos na cidade de Mount Manganui. É uma praia simpática,
cheia de brasileiros trabalhando e morando também. Ainda ficamos na cidade de
Whitianga e retornamos pela Pacific Highway, que vai beirando o mar o tempo
todo até Auckland.
Monte Manganui - Mount Manganui |
Alguns hotéis que utilizamos: Formula 1 Auckland http://www.hotelformule1.com/pt-br/home/index.shtml; Twin Peaks Lakeside Inn Taupo http://www.twinpeakstaupo.co.nz/; Comfort Inn
Queenstown ; Mission Belle Motel Mount Manganui http://www.missionbellemotel.co.nz/; Holiday Lodge Motel Cristchurch http://www.holidaylodgemotel.co.nz/.
Custo total aproximado por dia : R$ 325,00 ou US$ 158,00.
Período da viagem: Abril 2007
NEW ZEALAND
Período da viagem: Abril 2007
NEW ZEALAND
It is a very long journey to New Zealand, and there is a stop-over in
Buenos Aires. Around 17 hours inside planes, plus waiting hours. At Customs,
the official made a mistake and stamped my passport April, 18. Actually, it was
April 17, and though I was completely jet lagged, I could realize it. I told
him he was making my understanding harder, as I
had left my country on the 15 !! He blushed, apologized and corrected
the mistake, and my brand new passport started with a cancelled visa!
Auckland is a cosmopolitan city for the standards of the country. Around
1.3 million inhabitants. Packed with Asians, mainly students. A free bus
circulates downtown, what makes their lives easier, so as ours, tourists. We were
staying at the Formula 1 hotel. Nothing special, but centrally located and good
value for money. Many people do bungee-jump on the Auckland Tower, and the view
up there is spectacular.
In Auckland, there are many elderly people working on services, some of
them offer a free coffee at the airport. New Zealand is very prepared for
tourism. Wherever we went we could find leaflets, small books, brochures and
all sort of information regarding hotels, radical sports, sightseeing and the
like. People are also very friendly and eager to give information, if
necessary. Auckland and Sky Tower |
From Auckland we flew to Christchurch, where we have rented a car with
Hertz. The majority of cars are Japanese and we had to drive on the left-hand side of the road. We travelled through the Arthur Pass and the region of the New
Zealand Alps. We visited two glaciers: Fox and Franz Josef. The glaciers had receded
a lot and the vegetation around it is new, about only 100 years. There are many
fruited wines on this region, and they taste great!
We continued the trip to Queenstown, where the radical sports are a
must. The city is beautifully located within
lakes and mountains. It is packed with Brazilians. From a population of about 20.000, maybe 10% are Brazilians.
The minimum wage is NZ$ 9 per hour (1 US$ = 0,75 NZ$) and this is one of the
reasons why Brazilians are working there.
Many hotels in New Zealand are prepared to receive families. They are
like flats, with equipped kitchen, bathroom, living-room and one or two
bedrooms. The Holiday Parks are also a good option. One can choose to camp on a
tent or sleep in a comfortable cabin or luxury chalet. The common areas are
clean and well equipped. The amount of trailer, camper vans, moto-homes is
enormous. It seems as though this is the way the Kiwis like to travel.
Camper vans |
Most of the roads are narrow. In many bridges just one car can cross at
a time. We saw many signs for fire risk assessment and another sign that called
our attention was the one showing where to ditch cattle water. A flock of sheep
crossed our way on one of the many roads we travelled and according to the
locals, we were able to have a true kiwi experience. Six dogs drove the huge
flock perfectly from one side to the other.
We headed to the fiords region, where the second largest lake on NZ is
placed, the Te Anau Lake. Unfortunately, the weather was not good and we had to
cancel our boat trip on Milford Sound.
Lake Te Anau - Milford Sound |
After approaching Mount Cook, the highest in the country, we tasted the
wonderful salmon from Fairlie region. Fishing requires a permit in NZ and the
amount of fish is limited according to the species of the animal. I think for
clams it was just 30 per day. A sign indicates the amounts and the locals are
very observant of the laws.
We bought fruits on the road and were amazed by the well-organized
stalls that stay unattended. It is a help yourself service and the buyers are
supposed to deposit the money in a closed box. If one wants to pay by check, an
extra amount should be added to the bill. Fantastic!
Drinking is only allowed to people over 21. There are many signs on the
streets indicating the places where it is forbidden to drink on the streets.
Another sign that caught our attention was the one indicating that dogs cannot
go to the beaches during summer, holidays, week-ends or the Queen’s birthday!
We flew back to Auckland, and rented another car to visit the Northern
island. We arrived in Rotorua and were astounded by the sulphur smell and
thermal activity. Downtown, there is a park filled with mud pools. This park
was created after the eruption of a volcano in 2001. There were no deaths, but
the lava left its mark.
In Wai-O-Tapu, we saw a geyser in eruption to heights of 10 to 20
metres. The guide explains the mechanics of it and he
introduces some soap inside it, so that, after some time, it causes the geyser
to erupt.
Wai O Tapu |
The majority of the names of cities, streets, etc are all indigenous, in
Maori language. There is also a TV channel in Maori language, and children can
learn it in school. All the touristic explanations on the sites are also in
English and Maori.
Our next stop was near Taupo Lake, the largest in NZ. It is also a
volcano. We started our way back through the coastal road and stayed at Mount
Manganui. Nice and touristic town, also packed with Brazilians workers. We also
visited Whitianga and finally got to Auckland via the Pacific Highway which is
very beautiful, despite its many curves.
Some Hotels we stayed in: Formula 1 Auckland http://www.hotelformule1.com/pt-br/home/index.shtml; Twin Peaks Lakeside Inn Taupo http://www.twinpeakstaupo.co.nz/; Comfort Inn
Queenstown ; Mission Belle Motel Mount Manganui http://www.missionbellemotel.co.nz/; Holiday Lodge Motel Cristchurch http://www.holidaylodgemotel.co.nz/.
Approximate total cost per day: R$ 325,00 or US$ 158,00.
Period of the trip: April-May 2007
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